Via da Verdade

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segunda-feira, junho 05, 2006
 
Resumo do meu artigo apresentado no 3º Encontro Nacional de Filosofia Analítica ENFA 3

Emoções e Racionalidade Derivada

Os dois problemas centrais deste artigo são os seguintes: 1) que estatuto atribuir ao nosso background não cognitivo numa teoria filosófica da racionalidade?, e 2) como encontrar um critério normativo de racionalidade?

Na primeira secção ?Critérios de racionalidade: duas objecções ao critério consequencialista?, procuro contextualizar o artigo no estado da arte fazendo alusão ao trabalho de Stephen Stich (Research Group on Evolution and Higher Cognition) no sentido de trazer os resultados da psicologia evolucionista para o campo das teorias da racionalidade. Interessa-me sobretudo o seu trabalho sobre racionalidade das emoções, nomeadamente o critério consequencialista que Stich usa para avaliar a racionalidade e a irracionalidade das emoções.

Em seguida avanço com duas objecções ao critério consequencialista. Numa primeira objecção critico Stich por este não deixar bem claro onde devemos parar a atribuição de racionalidade. Se seguirmos apenas o critério consequencialista, parece-me, vemo-nos livres para atribuir racionalidade a fenómenos não cognitivos como algumas emoções básicas. Numa segunda objecção ao critério consequencialista defendo a necessidade de um meta-critério normativo contra o qual avaliar a racionalidade do agente, suas acções e processos cognitivos.

Na segunda secção, ?Racionalidade derivada e avaliação de racionalidade? procuro responder a estes dois problemas. Nesse sentido defendo que para falarmos da racionalidade de um agente, de uma acção, ou de um processo cognitivo são necessários dois níveis de condições: condições de ocorrência e condições normativas de avaliação. Nas condições de ocorrência coloco o background pré-racional, condição necessária para a ocorrência de fenómenos racionais. Neste artigo defino todos esses fenómenos não cognitivos que constituem o background sob o termo protoemoções. Nas condições normativas de avaliação coloco a rede de crenças e de atitudes proposicionais necessárias para que determinado fenómeno seja interpretado, comparado e avaliado quanto à sua racionalidade.

Quanto às condições normativas de avaliação pretendo ainda argumentar em defesa de uma norma pela qual se possa avaliar a racionalidade dos agentes.

Procuro ainda argumentar em favor de uma maior empiricidade das teorias da racionalidade e para isso (inspirado no conceito de ?intencionalidade derivada? de John Searle) avanço com a atribuição de racionalidade derivada ao background não cognitivo dos nossos sistemas cognitivos (as nossas protoemoções). Essa atribuição pretende, por um lado, dar conta da importância desse background não cognitivo nos nossos processos cognitivos superiores, por outro lado pretende encurtar a distância entre esses dois pólos (mente e corpo) que poderão não estar tão distantes quanto normalmente se pensa.



Comments:
Tentei enviar um e-mail para o seu endereço mas não consegui. Pretendo publicar um post em que faço uma dissertação metafísica. Importa-se que coloque no post uma citação de Kierkegaard que encontrei num dos seus blogs? É aquela pergunta que ele formula quando está a olhar para as estrelas. Se puder e não se importar agradecia que me enviasse a citação para o meu endereço de e-mail(não consigo encontrá-la em lado nenhum) e o blog para poder referir a fonte. Obrigada.
Ana Isabel Belo
aisabelo@yahoo.com.br
 
olá Ana. Vai-me desculpar mas não me lembro de que citação fala. Quanto ao seu post tente envia-lo novamente para eu ver se tem cabimento neste blog.
Tomás
 
É necessário que o meu post tenha cabimento neste blogue? Afinal não precisei da citação.
Ana
 
Desculpe, fiz confusão. percebi que queria publicar um post no Via da Verdade.
cumprimentos
 
Não faz mal. Se calhar fui eu que não me exprimi bem. Cumprimentos.
 
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