Via da Verdade |
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terça-feira, setembro 19, 2006
Para uma Filosofia do Flirt !! - quanto a mim mais uma tentativa de racionalizar algo que é da ordem do instintivo e, mesmo, do senso comum. Toda a gente sabe reconhecer um "flirt", toda a gente sabe quando é que está a ser "flirtado" (embora nem toda a gente saiba "flirtar") sem que para isso tenha de recorrer a uma qualquer cartilha lógico-"flirtosófica"... (4) comentários terça-feira, junho 27, 2006
Resumo do meu artigo Emoções e o problema mente-corpo 1) Apresentação do problema Mente/Corpo Keywords: fisicalismo; completude da física; causação mental; Tim Crane; emergentismo. Três teorias que explicam o papel causal da mente no mundo físico: b) Três argumentos contra uma teoria fisicalista da consciência c) Thomas Nagel e Colin McGinn contra as explicações fisicalistas para os fenómenos mentais [Neste ponto argumento que b) e c) não nos apresentam quaisquer soluções ao fisicalismo. Digo ainda que a) i) e ii) já foram devidamente desmontados por Tim Crane e que a proposta emergentista deste autor com o seu consequente abandono da completude da física em a) iii) simplesmente não me convence pois também não oferece uma alternativa à causalidade da física. Como tal na segunda secção procuro contribuir para uma resolução fisicalista do problema Mente-Corpo aproximando de alguma forma os Estados Mentais dos Estados Corporais via estados Emocionais.]
2 ? Contribuição para a resolução do problema mente corpo: aproximar mente e corpo via emoções A ideia essencial aqui defendida é a seguinte: qualquer conceito emocional tem uma concomitante física, que defini como uma protoemoção. Identifico todo e qualquer evento mental com um determinado conceito emocional pelo que um evento mental não pode ser considerado algo abstracto que se possa separar desse concomitante físico, nomeadamente, um sentimento emocional. Em termos históricos ou evolucionários esse sentimento emocional começou por ser a protoforma dos nossos eventos mentais, no sentido em que consistia numa avaliação corporal de algo que era bom ou mau para o organismo. Aqui sigo Patricia Greenspam que identifica o significado dos nossos estados mentais primitivos com essa avaliação imediata e não cognitiva de estados do corpo. Ainda segundo Greenspam terá sido a complexificação do nosso sistema cognitivo que terá afastado os nossos eventos mentais deste seu significado imediato inicial. No entanto, mesmo após a sofisticação conceptual que o desenvolvimento do nosso sistema cognitivo permitiu, os nossos eventos mentais continuam ligados ao corpo constituindo o conteúdo semântico de eventos físicos como as protoemoções. O desenvolvimento cultural e filosófico da humanidade levou-nos a falar e a pensar a mente como essencialmente separada do corpo, e de facto parece-nos óbvio que assim seja: imaginamo-nos facilmente a sobreviver à morte do nosso corpo, a trocar de corpo com outras pessoas, a sair fora do nosso corpo ir dar uma volta e voltar, etc.),e é por isso que nos custa a aceitar uma explicação fisicalista para o problema mente/corpo. Talvez não nos seja possível falar dos nossos estados mentais como propriedades dos nossos estados corporais, talvez isso não caiba na nossa grelha conceptual e nos seja completamente ininteligível, mas isso não quer dizer que as coisas não sejam assim. Parafraseando Wittgenstein, de facto não nos parece que a mente seja o corpo, mas como é que pareceria se a mente fosse, de facto, o corpo? Tomás Magalhães Carneiro (1) comentários |